quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pensamentos...Filhos do vento...


Então é basicamente isso? Você me disse que iria ser assim, disse que a vida correria fácil pra mim... pelo menos na maioria dos momentos do meu dia...mas acho que da forma que a vida leva as coisas...não é bem a forma que você desejaria...nessa vida real, a história sempre parece ser mais curta que o normal, não existe glória nem heróis sobrevoando o teu céu.

E logo eu que não sei tirar meus olhos de você... mas tudo está acontecendo como você disse que iria acontecer...nós esquecemos da brisa, pelo menos na maioria dos momentos do nosso dia...e tudo vem como uma água gelada caindo sobre minha nuca, como se ela fosse a filha do vento, ou quem sabe, uma aluna rejeitada.

E eu na minha crise de drama, digo essas palavras, e o que ouço de você são apenas perguntas como: Eu disse que te detesto? Eu disse que quero deixar tudo pra trás?

Não, não disse, mas quem sabe se tivesse dito, as palavras deste texto teriam mais sentido. Mas fazer o que? Eu só não sei parar de pensar em você.

Meus pensamentos...meus pensamentos...meus Pensamentos...
... até me conhecer de novo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Alarmes...


Desfazer o tempo contando as horas...o destino sempre segue lento, o momento não demora... nunca demora...sim... mas... e agora?


Vou acender essa luz que não consegue mais brilhar, vou perder-me nessa busca por um sol sem seu olhar que me fazia tão forte, aquecia, entorpecia.

Pensei que havia um pouco mais pra mim...é preciso ter coragem pra estar só de passagem...por isso às vezes decidir ficar é tão covarde.

Atuar com a vontade de quem nunca esteve ali ...se orgulhar por ter a capacidade de fingir...calcular o futuro com a exatidão de quem já perdeu e agora vê o quanto isso foi bom.


As marcas me deram novas asas... e agora eu vou mais longe...bem mais longe.

Se a ferida ainda arde, podemos agir com verdade? Para que apertar alarmes se não é tão tarde assim?
Sinto a intensidade de te abraçar mais além...e me orgulhar por poder mais nunca precisar fingir.


Inspirado na Música "Alarmes" da Vanessa Pondé.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Eu não sei Dançar...Tão devagar...



Às vezes eu quero chorar...mas o dia nasce e eu esqueço...meus olhos se escondem onde explodem paixões.

E tudo que eu posso te dar... é solidão com vista pro mar...ou outra coisa prá lembrar...às vezes eu quero demais...e eu nunca sei se eu mereço.

Os quartos escuros pulsam! E pedem por nós...e tudo que eu posso te dar é solidão com vista pro mar...ou outra coisa prá lembrar...se você quiser eu posso tentar...mas...eu não sei dançar tão devagar para te acompanhar...

Eu não sei dançar tão devagar para te acompanhar...
 
Inspirado em "Marina Lima"

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sentimentos Transmitidos em Sons...


Essa noite não houve sono, nem descanso, apenas pensamentos soltos, transbordados de angústia...sim... angústia do acaso, de tudo que acontece, tudo que nos faz parar pra pensar tanto e nunca chegar a lugar nenhum.

O sol nasceu brilhante, forte, reluzindo nas paredes brancas dos prédios que cercam a vista da janela do meu quarto, lá no alto a direita, tem uma construção bonita, um lugar onde se ensina as ciências do mundo e também onde se ensina palavras escritas por homens a muito tempo atrás...no alto desta construção tem um sino grande, que todas as manhãs me acorda, fazendo-me  lembrar do dia que tenho pela frente, é um som suave que parece deixar a sensação de acordar de um sono profundo menos incômoda.

Mas essa manhã, o sino não tocou, eu não entendi o porquê, estava esperando pacientemente por ele, dessa vez não estava dormindo, estava esperando acordado, angustiado, mas ele não tocou; Debrucei-me sobre a janela do meu quarto, olhei para o sino, naquela torre, ao alto da construção toda amarela, e nesse momento começou a ecoar por todos os lados, o som de uma orquestra...tocando uma linda música, que eu ja ouvi tanto, uma música tão linda, eu sentia cada nota, cada som dos violinos, do piano, das flautas...e junto com os instrumentos daquela orquestra eu cantei pra mim mesmo.

Neste momento, todas as minhas angústicas se dissolveram ao serem agraciadas por aquele som lindo, eu percebi que o fato de não ter ouvido o sino, era uma supresa para minha angústia, uma surpresa boa, que me faria ser bem retribuído por não ter ouvido o som suave do sino, ao invés dele, eu ganhei um som ainda mais perfeito, eu ganhei o som dos acordes perfeitos de uma linda sinfonia.

A música falava de amor, falava de um sentimento que me trás tantas interrogações, mas dessa vez, dessa forma, desse jeito suave, todas as interrogações sobre esse sentimento que eu tinha, foram respondidas, e não precisou de uma única palavra para me explicar; A música não tentou me explicar o que é o amor, ela apenas diz na voz de um amante do amor, os sintomas de quando você o tem.

Estas frases diziam que realmente não existem palavras para expressar o tamanho de um amor...não existe nada neste mundo que possa se comparar, e agora eu entendo por que ele cita céu, estrelas, mar, infinito, como exemplos do que nada se compara; A um tempo atrás  eu ouvi essa mesma música, e confesso que achei um exagero citar coisas tão grandes, e ter a audácia de dizer que tudo isso é muito pequeno...mas hoje eu entendo, eu sei, eu tive a oportunidade de entender que o que essa música diz, é a mais pura verdade, sem exageiros, sem trapassas, sem conversa fiada, apenas a forma mais linda e desesperada de chegar perto de uma explicação perfeita do que é o amor.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sentimental?


E quanto a quando eu digo que isso vai mudar? Nós nunca damos motivos para crêr em mudanças...apenas acreditamos nela... não adianta ninguém avisar, querer ajudar...mostrar como foi com ela...isso não adianta né? isso não livra ninguém de viver.

O grande mistério de se falar de sentimentos, é que eles sempre são subvertidos, as vezes a interpretação deles se torna um motivo para se perder completamente no que muitos chamam de abismo do pensar e sentir. Você pode provar que é mais sentimental que eu? como? por tuas expressões? por que diz que demonstra mais? Te faz mais feliz saber que sofre menos? Ou te faria feliz saber que a outra pessoa sofre mais?

"Se tu fala com tantos rodeios para seduzir e ver o outro  buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.Se você fosse tão direto ao ponto, o outro te  rejeitaria?"

 Os sentimentos que passam por nossas vidas, são considerados por muitos, inclusive por mim, o motivo de tudo isso ter graça, é o motivo que te faz, mesmo quando você está passando pela  sensação mais horrível, daí você percebe que  pode  ter o poder de olhar pra frente, usando lembranças e esperanças para ter um motivo de seguir em frente, só para  um dia  deleitar-se a sensação de sentir tudo isso novamente.

E quando achar que a solução é  fingir e rir? como se estivesse se enganando, enganando sua mente, criando uma capsula que te protege da realidade, lembre-se que ao querer aceitar a condição de ter alguém só para você, não é uma utopia, é realmente algo nessa vida, que se vale a pena lutar, como em uma guerra que dura 100 anos, você ganha, perde, empata, e sorri pra si mesmo, com a sensação de saber que o seu oponente não é um inimigo e sim o motivo da guerra sentimental cujo campo de batalha é o seu coração.

domingo, 7 de novembro de 2010

Uma conversa que pode ser interpretada pelo tempo...


Ele: Um pouco antes de despertar de uma noite de sono, em frações de segundos antes de abrir os meus olhos, veio tua imagem junto com a imagem daquele sol que lhe afagava, me esquentava e fazia-me feliz, por saber que estávamos tão próximos, partilhando do mesmo calor... mas dessa vez foi diferente... o sol não brilhava, não transmitia-me calor...essa imagem veio em preto e branco.

Ela: Esse frio que toma conta do seu corpo e me traz apenas solidão, meu corpo não caminha mais de encontro ao teu, ele tem outra direção, lembrar de você, me faz querer-te por perto, mas sei que não será o mesmo que conheci, que se doava quando aquela musica tocava e eu sentia seu corpo junto ao meu. Realmente algo deu errado, muita coisa na verdade, e o brilho dos seus olhos, o calor do meu corpo agora são apenas escuridão.

Ele: Foram tantos arrepios, tanta felicidade, tantos batimentos desconcertantes e progressivos de um coração adormecido, este sol chegou de uma forma tão graciosa, sublime, suave, que fica difícil parar um momento para conseguir achar os verdadeiros motivos do nosso calor ter se entregado a esse frio e da nossa luz ter concedido uma aproximação tão voraz da escuridão...mas quando aquela música toca, eu me lembro que o frio e a escuridão eram nossas escolhas para ambientizar a consagração da nossa luz e do nosso calor uma vez encontrados...e isso me faz ter menos medo do frio e da escuridão.

Ela: Tive momentos que procurei loucamente sensações que só você me trasmitiu, coloco aquela música e é impressionante como me desloco para a cena que o oleo deslizava em meu corpo, enquanto a musica acompanhava as batidas do meu coração, sua mão quente e sua respiração tomava conta de mim, sei que nós escolhemos a escuridão o frio, faziamos dele abrigo para momentos jamais explicados ao nascer do sol, e é quando está frio e escuro que lembro o quanto sinto falta.

Ele: Todas as lembranças do teu cheiro alucinógeno, das curvas do teu corpo, da tua voz, da forma que você me olhava enquanto tuas mãos e tua boca exploravam o meu corpo, dos arrepios vindos junto com a vibração grave que aquela música emitia, estão guardadas em minha memória, e ao lembrar delas, eu consigo enxergar uma luz ao meio de toda essa escuridão, e eu consigo sentir mais perto o calor que só teu sol tem, isso faz brotar um sorriso ingênuo e conformado no meu rosto, e aquela pontadinha de certeza de que todo esse frio e escuridão um dia poderá ser apenas um pequeno túnel que de alguma forma nós tínhamos que passar para poder perceber o quanto é melhor ter luz e calor a nossa volta.

Este texto foi baseado em um outro texto meu chamamdo: Uma Conversa que pode ser interpretada por poucos. http://biraacarnedosdeuses.blogspot.com/2010/08/uma-conversa-que-pode-ser-interpretada.html
Na idéia de explorar os efeitos do tempo a um sentimento considerado tão forte.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Simplesmente, A Carne dos Deuses...



Lembrar daqueles que que foram cantados em momentos atrás...aqueles que ainda são a linha esperada, a conduta marcada por atitudes de originalidade e paz...mas desta vez vou falar de "Eu Mesmo" que por caminhos diferentes daqueles outros...procuro também meus objetivos naturais,  não estabeleço, não aceito,
não me encaixo em perversas etiquetas sociais.


Mas porque deveria? Eles dizem: "Pessoas como vc são todos anormais, todos desqualificados, castrados, desajustados,  considerados um problema."


Eu respondo: "Pessoas como eu  têm uma sensibilidade aflorada que os tolos não podem aceitar porque estamos todos fora do esquema."

Agora onde sou, quem estou? Pra quem só passa pela vida isso pode até parecer brincadeira, mas não...
Como eles, volto à caverna, sinto o bicho que sou se contorcendo em minha veia.

E assim eu aprendi...a passar dos limites da minha casa, da minha turma, aprendi a me comunicar sem nenhum tipo de rótulo, a superar meus limites...a não me conformar com a informação, a buscar, a atrever-me, a ultrapassar os muros impostos...a atravessar a linha do meu horizonte, a elevar meu espírito como um flash, sem destino, em todas as direções! Aprendi a superar os meu limites de respiração, de força, de bixo...assim como um macaco nu que luta incodicionalmente pela vida...aprendi a sentir mais, aprendi a abraçar cada sentimento, seja lá ele qual for, aprendi a chorar, seja lá onde estiver, só para um dia ter o prazer de dançar sobre a vida, dançar do jeito que eu quiser, porque sem duvida, as pessoas que dançam com verdade, são pessoas muito mais felizes.

Mas a lição mais importante que eu absorvi, foi que por mais louco que possa parecer em minha cabeça, eu tenho tenho sempre que contar com a hipótese de que  posso ser apenas mais um tijolo de um muro que todos querem passar.

Simplesmente, A Carne Dos Deuses...