segunda-feira, 30 de julho de 2012

Súplicas ao Vento.



Não faça das minhas palavras, as suas;  apenas entenda como não consigo deixar de indagar.

Não quero que entenda se é meu lado humano, ou meu instinto irracional, apenas me deixe ser eu mesmo, pois todo humano também é bicho.

Não espere sempre me entender ou me decifrar, apenas aprecie a subversão das minhas teorias.

Não me julgue pelo que visto ou pelo que ouço, apenas considere que pra cada respiração e olhar, há um sentimento diferente correndo em minhas veias.

Não me cobre atenção o tempo que lhe julgar necessário, compreenda que minha mente precisa do seu tempo para decifrar todas as informações que me obrigo a interpretar.

Não coloque minhas imperfeições como artifício de contra-ataque se teu sentimento por mim é maior que podes suportar, apenas deixe meus defeitos te entorpecerem com doses homeopáticas dia após dia.

Não me olhe como se esperasse o próximo movimento ou como se meu modo de agir fosse  um "déjà vú" ao teu pensar, apenas saiba que cada timbre que minha voz emite e cada gesto que meu corpo exprimi, é cuidadosamente pensado para o equilíbrio das nossas almas.

Não se irrite quando entro em repetições didáticas, ou quando faço de um erro, uma história de aprendizagem, apenas entenda que umas das minhas melhores funções nessa vida é passar o que eu aprendi com os olhos e com a dor.

Não pense que não consigo sentir o que tu sente, nem que estou amaldiçoado ao desejo da liberdade, apenas perceba que meu amor ao ser livre é apenas uma parte do que sou, a outra parte é livre para o amor, e o elo para conectar as duas pode sim ser você.

Não imagine que depois de tantos pedidos de "não" eu deva ser tão exigente, apenas entenda que se me descrevo tanto, é porque escondo o mais importante, mas para alcança-lo eu te deixo o mapa.

Bira Senna
31/07/2012

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